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4º Festival de Cinema Fantástico de Jacareí termina como ‘manifesto à resistência’ para o cinema regional do Vale do Paraíba

Edmon Garcia

8 de mai. de 2024

Incentivo a produção local e à diversidade deram o ‘tom’ na cerimônia de premiação, que condecorou produções em oito categorias; atores consagrados, Tânia Alves e Paulo Betti foram homenageados pela participação.

Com quase 20 horas de sessões realizadas entre sexta e domingo, a 4ª edição do Festival de Cinema Fantástico de Jacareí ficará marcada como um ‘ato de resistência’ para cineastas e produtores, especialmente do Vale do Paraíba, com apelo ao incentivo de produções independentes que destaquem a diversidade.

O espaço para produções do gênero –que reúne o terror ou horror, a ficção científica e a fantasia-- também foi exaltado pelos participantes durante a distribuição do “troféu monstro” aos escolhidos pela curadoria e pelo público.

“Eu acho que o mais importante foi o encontro de vários cineastas, mostrando que o Vale do Paraíba é potente (na produção de filmes). Nós somos grandes e as nossas histórias importam. O contrário do medo é o movimento e nós, cineastas do Vale do Paraíba, estamos em movimento”, disse a cineasta Karola Lobo, de Taubaté, vencedora entre as produções regionais com a produção “Barba Azul Decapitado”.

O tom de resistência para o cinema do interior de São Paulo, com ênfase ao espaço para o gênero do cinema fantástico também esteve presente na premiação para o grande vencedor da mostra, o filme “A sombra da Terra”, do diretor Marcelo Domingues e que contava com Paulo Betti em seu elenco.

“Esse é um projeto do PROAC [Programa de Difusão de Arte e Cultura do Estado de São Paulo] e eu fico superfeliz de ter [o reconhecimento] nestes festivais do interior, porque o filme foi rodado no interior. Acho superimportante. Que venham muitos outros festivais aqui, um festival de gênero, que eu acho que a gente precisa”, disse a produtora-executiva, Clarissa Kuschnir.

“É muito importante esse tipo de espaço que a gente dá para os cineastas. Eu também sou cineasta, comecei produzindo no cineclube e a gente sabe a importância que é a gente ter essa vitrine, que são as mostras”, disse o organizador do festival, Vinícius J. Santos, que se antecipou prometendo nova edição para 2025. “Se Deus quiser, estamos aqui de novo”, completou.

O 4º Festival de Cinema Fantástico de Jacareí tem o apoio da Fundação Cultural de Jacarehy – José Maria de Abreu e da Prefeitura da cidade. A mostra foi escolhida no edital municipal da Lei Paulo Gustavo.

Confira a lista dos vencedores e premiados:

Júri Popular

- Categoria Mostra Jacareí (produções realizadas por jacareienses e com o tema livre)

“Marta: Consertadora de Guarda-chuvas” – Direção de Dannyel Leite

- Categoria Náusea Total (filmes que fazem jus ao nome da categoria, os filmes trash)

“Gnomo do Mal: A Maldição do Garra Duende” – Direção de Helena Valentine de São Paulo/SP

Júri Oficial

- Mostra Monstrinho (curtas animados de fantasia, voltados para o público infantojuvenil)

“O Menino Monstro” – Direção de Guilherme Alvernaz de São Paulo/SP

- Categoria Vale Monstro (curtas fantásticos do nosso Vale do Paraíba)

“ Barba Azul Decapitado” – Direção de Karola Lobo de Taubaté

- Categoria FantasMundo (curtas internacionais ou co-produções internacionais com a temática cinema fantástico)

“O Estranho Desaparecimento do Camarada Kuliakov” da Estônia.

Direção de Lucas Abrahão


- Categoria FantasDoc (documentários de curta duração com a temática do cinema fantástico)

“O Medo é só o começo” – Direção de Rafael Van Hayden, São Bernardo do Campo/SP

- Categoria Mostra Representatividade (Curtas com a temática ou dirigido por mulheres, comunidade LGBTQIA+, negros e povos indígenas – o tema é o universo fantástico)

“Casa de Bonecas – Direção de George Pedrosa de São Luís/MA”


- Categoria Mostra Monstro (prêmio do melhor curta fantástico do festival)

“A Sombra da Terra” – Direção de Marcelo Domingues de Capela do Alto/SP


Menções Honrosas

1. melhor roteiro - Paula Granato por Cassandra.

2. melhor direção - Chris Tex por Sayonara.

3. melhor edição - Ángel Jesús e David Oviedo por A Noite dos Porcos (Colômbia)

4. melhor som - Érico Paiva por Cáustico.

5. melhor Direção de Arte - Clissia Morais por Tapuia.

6. melhor fotografia - Karen Eggers por Noite Macabra.

7. melhor Maquiagem FX - Jaqueline Ramirez Sugar Dead.

8. melhor ator - Daniel de Almeida por Arapuca.

9. melhor atriz - Vitória Vasconcellos por Bleed, don’t die (Brasil/EUA)

10. melhor ator mirim - Guilherme Alves por Mãe.

11. melhor animação de horror – José Casas por El Padrastro (Espanha)


Menção Honrosa - Homenagem especial

- Tânia Alves por sua atuação em “O Aniversário de Seu Lair”

- Paulo Betti por sua atuação em “A Sombra da Terra”




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