JOSÉ MOJICA MARINS

Mais conhecido como Zé do Caixão, José Mojica Marins foi um cineasta, ator, diretor, roteirista de cinema e televisão.

Reconhecido como "pai" do terror nacional, José fez muitos filmes de terror que influenciaram gerações e mudou o cinema nacional. Teve seu primeiro contato com o cinema por conta de seu pai, que passou a ser gerente de um cinema. Ganhou então uma câmera V-8, aos doze anos, e até sua morte em 2020, nunca havia parado de fazer filmes e curtas. Filmou vários filmes amadores e criou uma escola de interpretação para amigos e vizinhos.

Tentou gravar seu primeiro filme na década de 1950, que acabou nunca vendo a luz do dia. Até hoje, Sentença de Deus mostra seus primeiros passos na carreira profissional como cineasta e é um produto genuíno experimental. Em 1958, completou o filme A Sina do Aventureiro, com apenas duas pessoas, um filme de faroeste. 

Após um tempo, aceitou a proposta de de Augusto de Cervantes, de fazer um filme que agradasse aos padres, Mojica Marins criou a história de Meu Destino em Tuas Mãos - com a roteirização não creditada. Tempo depois, Mojica foi contratado para pelo produtor Nelson Teixeira Mendes para o filme bang-bang O diabo de Vila Velha. 

É então em 11 de outubro de 1963 que Mojica cria um dos seus personagens mais conhecidos e sem inspiração alguma antecedente: Zé do Caixão. O personagem apareceu para Mojica após ser atormentado por um pesadelo no qual um vulto o arrastava até seu próprio túmulo. Segundo o próprio, o nome veio de uma lenda de um ser que viveu há milhões de anos no planeta terra que se transformou em luz e depois de anos esta luz voltou a terra. Sua primeira aparição como o personagem foi no longa "À Meia-Noite Levarei Sua Alma". Desde então, o personagem apareceu em várias mídias, filmes, livros e cultura pop nacional e internacional. Seus filmes também foram detidos durante a ditadura, por serem considerados como amoral e subversivo pelos policiais. 

Na década de 1990, apresentava o programa na Rede Bandeirantes, Cine Trash, onde se apresentava eventualmente como o Zé do Caixão e fazia apresentações macabras na televisão nacional. No Canal Brasil, teve um programa de entrevistas chamado O Estranho Mundo de Zé do Caixão.